Sessão Legislativa patética em Cascavel atropela direitos fundametais em nome da nova concessão do lixo
Imprensa calada, vereadores com “motivos” obscuros para votarem favoráveis a matéria, segundo um dos pares, o vereador Policial Madril (PSC), restando agora a população apenas a manifestação do Ministério Público e do Tribunal de Contas.
No final de 2021 o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC), que sempre foi crítico ferrenho e totalmente contrário ao contrato do lixo nos mandatos dos prefeitos Salazar Barreiros, Lisias Tomé e Edgar Bueno, mudou da água para o vinho e mandou as pressas para a Câmara Municipal o pedido de autorização para a nova concessão dos serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos. Como não conseguiu emplacar a aprovação da autorização em 2021, o prefeito preparou bem o terreno nesses últimos seis meses se reunindo em Curitiba, com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD) e o empresário Genor Cima, homem da linha de frente da empresa que presta esses serviços ao município há mais de 22 anos, por valores que Paranhos sempre denunciou e criticou. Houve também, conforme alertou o vereador Policial Madril, em aparte que fez durante a votação, tempo suficiente para o prefeito repassar os “motivos” necessários aos edis para que 18 dos 21 “nobres” votassem a favor do projeto. Madril, em tom de denúncia disse ao vereador Pedro Sampaio (PSC), que sabe perfeitamente porque o projeto foi aprovado pela maioria e prometeu “vomitar” tudo caso seja provocado. Como 5 e 5 são 10, podem apostar que a empresa dos famigerados pelo lixo, deve permanecer por mais 20 anos sob a canetada do ex-crítico desses serviços, o senhor prefeito Paranhos. Nessa última terça-feira (3), o projeto de autorização para a assinatura do contrato de concessão foi levado a votação também as pressas como em 2021, sob o comando medíocre do presidente da Câmara Municipal, vereador Alécio Espínola (PSC), aliado histórico de Paranhos, desde a época de colar outdoor pelas ruas da cidade. A encenação da sessão foi como uma peça teatral mambembe, regada a lanchinhos aos presentes e seria cômica se não fosse trágica. Certamente o MP-Ministério Público e o Tribunal de Contas devem se manifestar sobre a aberração que foi a sessão, atropelando os princípios legislativos, cabendo inclusive o cancelamento da votação que roubou sorrateiramente a prerrogativa parlamentar na concessão de tempo suficiente para manifestações pedidos de vista, apresentação de emendas e questionamentos oportunos. Pasmém, a vereadora Liliam Porto (PT), foi pega de surpresa enquanto a maioria avassaladora dos vereadores aliados do prefeito já sabia que iria acontecer a sessão extraordinária. A mesa diretora de uma forma orquestrada e criminosa comunicou a vereadora sobre a sessão às 17:07h do dia 03/05 e o último prazo para apresentar emendas já tinha terminado às 17:00h do mesmo dia. Uma matéria que envolve milhões ao longo de 20 anos não pode tirar o direito do vereador de se manifestar, mesmo que há minutos e segundos antes da votação. A vereadora petista se sentiu traída pela mesa executiva que esperou o prazo se exaurir para depois comunicar o horário do início da sessão extraordinária. Outra pergunta; porque sessão extraordinária de forma relâmpago e totalmente ordinária na acepção da palavra? Espínola sabe que sessão extraordinária gera custos extras e pega todos de surpresa, sem tempo para maiores discussões no dia da votação. Este site trará desdobramentos do contrato de concessão que já se tornou reciclável nas mãos do prefeito que sempre foi contra e agora virou defensor voraz.
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