Bolsonaristas invadem igreja em Fortaleza e Lulistas em Curitiba.

Nenhuma invasão à igreja deve ser apoiada, mas qual invasão é mais perigosa: a que ameaça de morte um padre ou a que protesta contra a morte de um negro ?

Bolsonaristas invadem igreja em Fortaleza e Lulistas em Curitiba.

No dia 19 de julho do ano passado, bolsonaristas enfurecidos invalidaram a igreja católica Paróquia da Paz, no bairro Aldeota em Fortaleza, CE, e ameaçaram de morte o Padre Lino Allegri, de nacionalidade italiana. As ameaças de morte contra o padre dentro de sua igreja, partindo de apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro, só foram controladas depois que a polícia chegou. Os fiéis que protegeram o padre, evitando as agressões física e quem sabe até o pior, disseram que nunca tinham visto uma invasão tão violenta como essa que ocorreu na igreja da Paz. Os bolsonaristas se revoltaram pelo fato do padre Lino, se posicionar contra a política anti-vacina adotada desde o início da pandemia pelo presidente Bolsonaro.      

Sobre a entrada de manifestantes na Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Largo da Ordem em Curitiba, no último sábado, vale lembrar que os manifestantes não eram compostos só por Lulistas, entre os integrantes do movimento de protesto antiracista contra o assassinato do congolês Moise Kabagambe, espancado até a morte no Rio de Janeiro, estavam pessoas de outros movimentos que participaram do ato. A bem da verdade, o vereador Renato Freitas (PT), estava à frente do protesto. Fazer qualquer tipo de manifestação em templos religiosos, fere os princípios bíblicos dos fiéis. Padres, párocos e Bispos, precisam se manifestar tanto em relação a invasão de bolsonaristas que ameaçaram de morte o Padre Lino, quanto a essa manifestação no interior da igreja em Curitiba. É preciso ser justo em relação as duas invasões—qual foi a mais criminosa: Dos bolsonaristas ameaçando de morte e querendo bater no padre dentro da igreja em Fortaleza ou as manifestações contra a violência no interior da igreja de Curitiba? Pode haver contestação, responsabilização aos  manifestantes, porém, é importante ter também a palavra do bispo.

O governador Ratinho Jr, classificou  a manifestação como um "ato de barbaridade e ódio" sem precedentes, como se estivesse apresentando o programa do pai no SBT, daí não dá né—É querer colocar fogo no parquinho.

Com a palavra Dom José Antonio Peruzzo, atual Arcebispo Metropolitano de Curitiba ?