Requião pode estar à frente da estatal guardiã do sistema energético do Brasil
O nome do ex-governador, Roberto Requião, vem sendo citado por seus aliados em Brasília e no Paraná, sobre tudo, em Foz do Iguaçu, como sendo o político mais preparado para assumir a presidência da ENBPar. Requião, sempre defendeu em sua trajetória política, de forma veemente, que a energia e a água precisam estar sob controle absoluto do estado, até por uma questão de segurança nacional. Sua experiência seria toda depositada para que efetivamente a estatal funcione como guardiã de toda tecnologia e produção energética nacional. Entenda o que representa a ENBPar:
ENBpar, estatal que assumirá funções públicas da Eletrobras, vai gerir nucleares e Itaipu
Com a privatização da Eletrobras, usina de Angra I ficará a cargo da ENBpar
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) explicou que a criação da nova estatal está prevista na lei que prevê a privatização da Eletrobrás.
Segundo a pasta, a nova holding terá estrutura "enxuta” e recorrerá a concursos públicos pra recrutar funcionários, que serão contratados pelas regras da CLT. Futuramente, a nova empresa poderá, ainda, incorporar as Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), fabricante do elemento combustível usado nas usinas de Angra dos Reis.
De acordo com o MME, depois de constituída, a EnBpar não dependerá de recursos da União para custeio de suas atividades.
A nova estatal também vai gerir os contratos da Reserva Global de Reversão — RGR firmados até 2016 e os seguintes programas de governo: Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica — Procel; Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa; Mais Luz para Amazônia; e Mais Luz para Todos.
O professor de Economia do Ibmec Brasília William Baghdassarian, afirma que a criação da nova estatal representa um custo muito grande para as contas públicas. Por outro lado, a motivação da criação dessa estatal é muito particular.
"A Itaipu e a Empresa de Energia Nuclear que têm características muito peculiares. A empresa nuclear usa uma tecnologia que é bastante sensível. Em outros países há empresas privadas, mas o normal, realmente, é ter um controle muito estrito do governo em relação a essas empresas. A Itaipu é uma empresa binacional, o que gera uma certa dificuldade, porque temos acordos internacionais entre o Brasil e o Paraguai e que traria uma série de empecilhos e complexidades para você reverter esses acordos passando para a iniciativa privada”, explicou o especialista.
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