O Instituto Paraná Pesquisas, do empresário Murilo Hidalgo, divulga números que mascaram a realidade na corrida eleitoral do pleito municipal de Curitiba, que vive seu período de pré-campanha. Então vejamos; quando um instituto estimula em uma pesquisa nomes que não disputarão ou que estarão impedidos por lei de disputar as eleições, é porque não está apresentando o quadro real ao eleitor, o que acaba evidentemente prejudicando aquele que seria o escolhido dos entrevistados no momento da coleta de dados. É provável que nesta última sondagem, rumo a prefeitura de Curitiba, o referido instituto pode ter usado de má fé, relacionando por exemplo, nomes como; do ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo), que estará inelegível até 2029, Rosângela Moro (União Brasil), cujo o domicílio eleitoral é de São Paulo e Paulo Martins (PL), que também não tem domicílio eleitoral em Curitiba. Portanto, esses políticos não deverão ser candidatos na capital—essa manobra de relacionar nomes conhecidos, porém, impedidos de disputar ou que não irão disputar a cadeira do executivo municipal, divide a preferência eleitoral entre os virtuais pré-candidatos com aqueles que não estarão na disputa. Eleitores fiéis dos pré-candidatos Goura do PDT, Carol Dartora PT e Ney Leprevost do União Brasil, questionam essa metodologia que parece estar sendo dirigida para colocar determinado candidato que ainda não decolou junto a população pelos seus próprios méritos, galgando uma posição entre os cinco pré-candidatos melhores posicionados. É crime utilizar pesquisa eleitoral como instrumento de promoção pessoal e campanha antecipada. 

Os números da Paraná Pesquisa, apresentando pré-candidatos que não estarão na disputa, certamente não medem o real desejo do eleitor manifestado no momento da entrevista e consequentemente toda credibilidade do instituto cai por terra.

A pesquisa com 805 eleitores de idade a cima dos 16 anos foi realizada em Curitiba, entre os dias 26 e 29 de outubro. O Instituto Paraná Pesquisas, ressalta que a sondagem retrata fielmente a intenção de voto do eleitor de Curitiba, cujo o grau de confiança é de 95%, com a margem de erro ficando em aproximadamente 3,5 pontos percentuais.

Nomes de pré-candidatos que foram apresentados pela Paraná Pesquisas como opção de votos aos eleitores de Curitiba: 

A sondagem estimulou 5 cenários alternando os pré-candidatos, porém, nos cinco cenários fez constar nomes de políticos, ora impedidos de disputar por inelegibilidade, ora por não terem domicílio eleitoral no município de Curitiba. 

Primeiro cenário; Luciano Ducci aparece liderando com 25,6%. Rosangela Moro vem em segundo, com 15,3%. Na sequência, aparecem os nomes de Eduardo Pimentel (14,7%), Paulo Martins (11,4%), Carol Dartora (6,6%) e a deputada estadual Maria Victória (PP) (6,6%). Eleitores que não souberam ou não responderam somaram 8,4%, e votos nulos ou em branco 11,4%.

Segundo cenário: a liderança passa a ser de Deltan Dallagnol, com 15,5%, seguido por Ney Leprevost (14,7%), Luciano Ducci (14,5%), o deputado federal Beto Richa (PSDB) (13,7%), Eduardo Pimentel (10,8%), Paulo Martins (7,5%), Carol Dartora (5,5%) e Maria Victória (4,1%). Votos em branco e nulos somaram 7,3% e 6,5% de eleitores indecisos.

Terceiro cenário; Ducci volta a liderar com 19,8%, à frente de Ney Leprevost com (16,3%), Deltan Dallagnol (15,8%), Eduardo Pimentel (12,4%), Paulo Martins (8,2%), Carol Dartora (6,1%) e Maria Victória (5,6%). Eleitores indecisos somaram 7,6%, e votos nulos e em branco 8,3% .

Quarto cenário; Ducci novamente aparece como o líder da pesquisa, com 22,4%, depois vêm Ney Leprevost (19%), Eduardo Pimentel (14%), Paulo Martins (12,3%), Carol Dartora (6,7%) e Maria Victória (6,1%). Não souberam ou não responderam a pesquisa 8,2% dos entrevistados e os outros 11,3% declararam intenção de voto nulo ou branco.

Quinto e último cenário; ainda na pergunta estimulada, Ducci segue em primeiro lugar, com 28,1%. Ney Leprevost (19,8%), Eduardo Pimentel (17,5%) e Carol Dartora (9,4%). Neste cenário, 16,1% dos eleitores declararam intenção de voto nulo ou em branco e 9,1% se mostraram indecisos.