Julgamento do acusado de mandar matar o jornalista Donizetti Adalto é adiado pela terceira vez

“Morro e não vejo tudo e Cristo está voltando”—esses jargões usados pelo jornalista Donizetti Adalto em vida, são mais que atuais na procrastinação que o acusado e seus advogado promovem junto a justiça. O poder Judiciário do Piauí, vira joguete nas manobras de constituições e desconstituições de advogados do acusado para adiar o julgamento.

Julgamento do acusado de mandar matar o jornalista Donizetti Adalto é adiado pela terceira vez
Djalma Filhos e seus advogados adiam o julgamento pela terceira vez

Do Portal Piauí Hoje:

Caso Donizetti Adalto: julgamento do ex-vereador Djalma Filho é adiado pela terceira vez

O advogado Djalma Filho é acusado de mandar matar o jornalista Donizeti Adalto

Foi adiado mais uma vez o julgamento do ex-vereador de Teresina, Djalma Filho, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto. O julgamento estava marcado para a manhã desta quinta-feira (24). O julgamento já foi adiado três vezes em menos de seis meses.

O adiamento se deu em decorrência da renúncia do advogado de defesa do ex-vereador. O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, presidente da sessão, leu o pedido de renúncia da defesa do ex-vereador e remarcou a nova data do julgamento. 

"Hoje, nós não vamos fazer o julgamento do acusado, mas o faremos no dia 27 de abril, às 8h30, para que peço que sejam intimadas todas as partes, as testemunhas", disse o juiz.

Relembre o caso  

O jornalista Donizetti Adalto foi assassinado na noite de 19 em setembro de 1998, na Avenida Marechal Castelo Branco, na zona Norte da Capital. Na época ele era candidato a deputado federal pelo PPS. O vereador Djalma Filho estava no carro com a vítima e, conforme denúncia do Ministério Público, teria sido o mandante do crime.

 Djalma teria conduzido o veículo com Donizete no banco do passageiro, dando ordem para que Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, em uma Kombi usada em campanha política, seguisse o carro. Assim também, outro carro deveria acompanhá-los para que Djalma pudesse fugir após o crime.

De acordo com informações do processo,  em determinado momento, a Kombi interceptou o veículo onde estava Donizete e dois homens desceram do veículo. Os homens seriam Sérgio Ricardo do Nascimento e João Evangelista de Meneses, o Pezão. Eles efetuaram dois tiros contra o jornalista, que morreu no local. Um deles teria dado ainda coronhadas em Donizete, para confirmar se estava morto.

Em depoimento, o ex-vereador Djalma filho afirmou que os dois foram abordados por homens em motocicletas, mas isso  foi negado pelas testemunhas e pelos outros envolvidos no caso, alguns dos quais confessaram participação.

O ex-vereador é acusado de homicídio triplamente qualificado e, caso seja condenado, pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão.