Ex-vereador Djalma Filho irá a Júri Popular acusado de mandar matar o jornalista Donizetti Adalto

Ex-vereador Djalma Filho irá a Júri Popular acusado de mandar matar o jornalista Donizetti Adalto
Djalma Filho e Donizetti Adalto

Djalma Filho, advogado, professor, e político de família tradicional do estado do Piauí, será julgado no próximo dia 24, acusado de ter sido o mandante do assassinato do jornalista paranaense Donizetti Adalto, ocorrido no dia 19 de setembro de 1998. Djalma Filho, na época, exercia o mandato de vereador de Teresina e disputava a eleição como candidato a deputado estadual pelo PPS em dobradinha exclusiva com o apresentador licenciado da TV Meio Norte, jornalista Donizetti Adalto, candidato a uma cadeira da câmara federal também pelo PPS. As pesquisas de intenção de votos mostravam Donizetti eleito com votação expressiva e Djalma derrotado com votação inexpressiva. O júri popular que sofre procrastinação e adiamentos há quase 24 anos, através de penduricalhos jurídicos provocados pelos advogados de defesa do acusado Djalma Filho, está marcado mais uma vez para ser realizado na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no auditório do Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto. O júri será presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto.

Assasinado com requinte de ódio 

De acordo com as denúncias do Ministério Público, as provas dos autos são robustas—Donizetti Adalto dos Santos, foi vítima de emboscada e antes de morrer foi espancado, torturado e depois baleado com sete tiros a queima roupa, sem chance de se defender. A perícia da época constatou traumatismo nas unidades dentárias, escoriações e hematomas em várias partes do corpo, além dos sete disparos. Donizetti Adalto era arrimo de família e foi eliminado ainda jovem, aos 39 anos de idade. O clamor dos irmãos e parentes do jornalista que residem em Londrina, Pr, também de amigos e fãs é que no dia 24 deste mês, às 8h30, o Júri Popular não seja apenas mais um ato jurídico moroso para dar uma satisfação destorcida da verdade a sociedade e engrossar ainda mais a prateleira dos crimes insolúveis. Inadmissível um crime de tanta repercussão ter demorado duas décadas e meia para um desfecho da justiça. "Morro e não vejo tudo" ! "Cristo está voltando” !