Paranhos em fim de feira prepara-se para deixar o cargo como rei e a cidade enterrada em dívidas

O atual prefeito de Cascavel, deve entregar um “abacaxi” ao seu sucessor; o município com a capacidade de endividamento esgotada, dívidas de financiamentos astronômicas a longo prazo e todo o patrimônio de bens e imóveis vendidos, torrados a preço de “banana”.

Paranhos em fim de feira prepara-se para deixar o cargo como rei e a cidade enterrada em dívidas
Foto extraída do site; Creci

CASCAVEL: SAUDADE DO BETO RICHA

 Jornal Impacto: coluna Mano Preisner  

O estranho déficit financeiro do município de Cascavel, que pretende vender praticamente todas as áreas disponíveis para futuras obras, e que foram reservadas para essa finalidade pelos prefeitos que antecederam o Paranhos, pegou a todos de surpresa. Em nenhum momento dos últimos sete anos se noticiou qualquer dificuldade financeira no caixa da prefeitura.

É bom lembrar que Paranhos recebeu a prefeitura do Edgar Bueno com mais de R$ 100 milhões em caixa, contas em dia, e o dinheiro das obras do BID, que mudaram a cara da cidade e trouxeram popularidade ao Paranhos, estava contratado e disponível para liberação na medida em que as obras fossem sendo executadas. A festa da publicidade, quem sabe, fez a mídia esconder um aperto nas contas, causado certamente pela má gestão, porque para pagamento das poucas obras próprias dessa administração é que não se gastou tanto dinheiro. Centenas de cabos eleitorais, uma parte deles nomeados pelos vereadores acabrestados, com altos salários, incompatíveis com a sua capacidade, somados vão gerando uma despesa que exaure as finanças de qualquer prefeitura. Seis anos e meio de desperdício não passam impunemente.

Tem muitas coisas estranhas nessa tentativa de vender um patrimônio tão valioso, às pressas. Uma lei aprovada para aumentar de forma absurda e suspeita o perímetro urbano em mais de 50% da área anterior, feita em seis décadas, trouxe embutidas, quase nas entrelinhas, autorizações esdrúxulas, como a possibilidade de venda de patrimônio público “não utilizados após cinco anos”.

Outro motivo de suspeição: se o aperto é de tal monta que precisa vender os bens do povo, que se valorizam a cada dia em Cascavel, porque não se contrata um empréstimo, que a Fomento Paraná disponibiliza com juros subsidiados a qualquer prefeitura? Ou não se pede uma verba a fundo perdido com o governo supostamente amigo, do Ratinho Júnior? Será que 30 Milhões de reais, pretendidos pela prefeitura com a venda dos terrenos, seriam muito pesados para o governo estadual, com 18 bilhões de reais aplicados nos bancos? Com todo o imposto que Cascavel paga, a cada 30 dias?

Por isso, amigos, o título desta nota: saudade do Beto Richa. 

No passado, o prefeito queria comprar o Hospital Santa Catarina, que sempre foi útil e mudou para essencial na pandemia? O Beto Richa mandava pagar. O prefeito queria construir a Avenida Tito Muffato, o Beto Richa pagava. O prefeito pedia um aumento nos leitos do HU, o Beto Richa pagava. Ala de queimados? O Beto pagava. Helicópteros para salvar vidas, sediado aqui? O Beto Richa mandava. O prefeito queria inaugurar uma clínica moderna, para apoiar os dependentes químicos, mas que tinha um custo de 400.000 reais mensais, que pesaria demais na prefeitura? O Beto Richa pagava.

Beto fez votação pífia em Cascavel, se levarmos em consideração tudo que seu governo realizou aqui.

Nosso povo pelo jeito não anda com a memória muito em dia. Efeito da Covid, talvez.