Entre denuncia, tramitação e condenação em primeira instância, o processo contra o ex-diretor do IPEM, ex-deputado estadual por dois mandatos, e prefeito de Cascavel também por dois mandatos, Leonaldo Paranhos da Silva, vem sofrendo a quase duas décadas o mal da morosidade, da procrastinação, um absurdo que só a justiça consegue justificar, não sabemos como.

 O CNJ-Conselho Nacional de Justiça, órgão fiscalizador, já foi acionado por aqueles que desejam ver a justiça sendo feita, mas até o momento não aconteceu nada. O julgamento em segunda instância no TRF4, entra e sai de pauta com uma facilidade jamais vista. São mais de 15 anos entre a denúncia e o trâmite no Tribunal da Quarta Região com sede em Porto Alegre.

 Apesar de toda essa demora questionada no Paraná, não é possível perder a esperança na justiça “que tarda mas não falha”, segundo ditado popular, pois o ex-deputado, prefeito de São Paulo e governador do estado, Paulo Maluf, conseguiu postergar o julgamento e consequentemente sua condenação por quase 40 anos. Hoje com 93 anos e com 18 imóveis bloqueados pela justiça, Maluf, certamente não será preso, mas ficará sem esses seus imóveis para cobrir parte dos danos causados ao erário de São Paulo.

Por outro lado, no Paraná, a história de demora para julgar Leonaldo Paranhos se repete, porém, vale lembrar que em caso da condenação ocorrer só quando Paranhos tiver lá os seus 93 anos, a multa milionária que hoje está em 21 milhões, com juros e correção monetária do dinheiro malversado na época em que foi presidente do IPEM, deve abiscoitar pelo menos 15%/20% da super fortuna que Paranhos e a filha acumularam no período em que ele foi prefeito, conforme denúncia do ex-deputado Evandro Roman. 

RATINHO COLOCA PARANHOS EM “BANHO MARIA”

O governador do Paraná, Ratinho Jr., pretendente a vaga de Presidente da República, ainda não divulgou a nomeação de Leonaldo Paranhos que se juntaria ao staff do estado, certamente por temer uma mácula difícil de ser desfeita caso Paranhos seja condenado também em segunda instância no TRF4 por corrupção e ainda no caso do acidente da Voe Pass que investiga prevaricação e adulteração de documentos que "legalizaram" a operação da empresa no município de Cascavel.