José e Zeca: nascidos para vencer

“Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados”

José Dirceu, advogado e político, começou a participar do movimento estudantil em 1961 em São Paulo, como segundanista já em 1965 se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), iniciando o curso de Direito na PUC-SP. Durante sua vida acadêmica foi vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e depois, em 1967, presidiu a União Estadual dos Estudantes (UEE). Em 1968, aos 22 anos de Idade foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Na época, destacava-se como uma das principais lideranças do movimento estudantil e virou um ícone da geração de 1968. Em setembro de 1969, foi enviado ao México, com mais 14 presos políticos, em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. Durante o exílio, trabalhou e estudou em Cuba. Em 1975, retornou ao Brasil e viveu clandestinamente em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná até 1979, quando fez cirurgia plástica e adotou nova identidade. Dirceu retornou a São Paulo em dezembro daquele ano, beneficiado pela Lei da Anistia, para ser um dos fundadores do PT. Foi deputado estadual e deputado federal, ministro da Casa Civil durante a primeira gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deixou o cargo por causa do escândalo que ficou conhecido como “Mensalão”. Julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi preso na Penitenciária da Papuda. José Dirceu, deve escrever outro livro sobre toda essa trajetória, pois não pode ser diferente após vencer inúmeras batalhas ao longo de décadas - as três últimas vitórias foram; resistir a prisão que durou quase 5 anos, a delação premiada e a cirugia de um hematoma subdural. 
Durante a prisão de José Dirceu, toda a família, amigos e correligionários sofreram, mas o filho Zeca Dirceu (PT), deputado federal, ex-prefeito de Cruzeiro do Oeste, sempre atuante como líder em várias instituições públicas estava exercendo também o parlamento no período em que o pai estava preso, período que enfrentou o governo de direita e todos os bolsonaristas no Congresso Nacional. Zeca, entre os parentes e as pessoas mais próximas de Dirceu, teve que enfrentar todo tipo de ataque, demonstrando paciência, resiliência, equilíbrio, lisura, transparência e probidade para honrar o pai que estava preso, suportou de cabeça erguida todo tipo de provocação. Essa semana o ex-ministro José Dirceu, após deixar o hospital e ter se recuperado de cirugia, concedeu entrevista à Rede TV, no programa É Notícia. Para quem gosta de política, da verdade dos fatos e quer saber a opinião do ex-ministro sobre os rumos que o Brasil deve seguir para trilhar o desenvolvimento não pode deixar de assistir :